Monkey Byte, apresenta ao mundo seu disco novo, falamos com eles, pra saber mais sobre esse processo.
Músicos experientes, já de longa data, como foi essa reunião?
Fernando: O Didé é meu primo, então, a gente se conhece desde sempre. Quando a gente era moleque, nos anos 90, rolava aquela história de um mostrar som pro outro. Eu tive várias bandas, entre elas o Jumbo Elektro e o Cérebro Eletrônico. Nessas bandas rolava uma mistura sonora e, dentro da salada, eu sempre busquei trazer as minhas referências principais que vinham do rock dos anos 90. Aí o Didé estava com uma banda, o Sound Like Bones (até cheguei a gravar guitarras no EP deles), mas que acabou. Aí foi o gancho pra gente, enfim, montar uma banda tivesse essas referências em comum que a trazemos lá dos 90.
Didé: Sempre quis um projeto nessa linha pop punk californiana, mais para cima. Ouvi isso a vida toda isso e gostava tanto que até passei uns meses em Berkeley. Mas nunca dava certo de montar banda com essa pegada. O convite do Fernando, quando o Sound Like Bones acabou, caiu como uma luva. Não só veio para resgatar boas memórias como virou releitura. Com nossos papos doidos sobre tecnologia, pintou uma identidade e as músicas foram surgindo rapidinho, praticamente uma por semana.
Como foi essa etapa da escolha do nome do grupo?
Fernando: O nome veio, basicamente, de um macaco que tentou me morder em Bragança. Ignorei aqueles avisos de sempre e fui dar pipoca de macarrão pra ele. O Didé presenciou a cena cascando o bico, lógico… Aí, como várias letras falam sobre tecnologias sinistras, colocamos um “Y” no Byte que, originalmente, seria Monkey Bite (mordida de macaco).
Didé: Tem esse lance de falar sobre tecnologia e o azar do Fernando com os bichos rs… teve não só o problema do sagui como uma treta com meu vira-lata de infância (Boomer), que também virou música.

Nos falem um pouco das influências , que vcs buscaram transmitir nas canções
Fernando: São essas bandas de punk e punk pop, principalmente da Califórnia dos anos 90. Green Day, Bad Religion, NOFX, Social Distortion, Rocket From the Crypt somado a tudo mais o que a gente curte.
Já há uma identidade gráfica criada?
Fernando: Criei o logo pra banda que é o nosso macaco com dentes afiados e uma tipologia meio quadrada que trás a ideia do digital. A gente já tem a capa do disco, também. Descobri que Monkey Bite (com I) é uma gíria que significa aquelas marcas de chupão no pescoço, saca? Então, a capa é uma foto com essa ideia.
Vcs acabaram de lançar um novo single , falem dele
Fernando: A gente está lançando, agora, o single da música “Fish” que é um som que fizemos pensando bastante em Green Day e Social Distortion.
Didé: A ideia da música surgiu às quando eu estava perto do Velho Chico, em uma viagem minha para o sertão de Alagoas, pensando em rios que já se foram… Entre um whisky e outro, apareceu um peixe zombando do tempo, desencanado, só celebrando seu próprio fluxo e o presente…

O que se pode esperar do álbum?
Fernando: A gente fez um disco livre de encanação. Tem som pesado, tem balada, tem punk californiano, tem referência ao Sex Pistols, aos Ramones, tem de tudo. A gente tá a fim de se divertir e fazer esse tipo de som que a gente ouvia quando era moleque.
Quais os próximos passos?
Fernando: Vamos lançar o disco completo apenas em streaming até o final de novembro. Ficou faltando levantar grana pra prensar o físico. A ideia é arrumar pico pra tocar e, de repente, conseguir prensar algumas cópias.