A bravura finlandesa do The 69 Eyes retorna ao Brasil

São Paulo, 2005

Há quase exatos 20 anos atrás, pegamos uma fila quilométrica nos arredores do Estádio Canindé, casa da Portuguesa de Desportos, ali seria sediado o primeiro festival Live N" Louder, e como uma espécie de evento europeu, a produção escalou os alemães do Rage, do Destruction, e Scorpions, e da Finlândia, vieram o Nightwish e um tal de The 69 Eyes, e pro time brasileiro estavam o Tuatha de Danann e Dr. Sin.

O The 69 Eyes, foi a segunda banda a se apresentar, e subiu ao palco num calor monumental, exibindo suas jaquetas de couro e com um visual quase "vampiresco". Ali, a banda já tinha 16 anos de estrada, e era nítida que a presença de Jyrki 69, nos vocais faziam a diferença, com um visual que lembrava Joey Ramone misturado com Peter Steele do Type O' Negative, o som era é uma mescla de Hanoi Rocks (uma das nossas bandas favoritas da terrinha), Mötley Crüe, The Cult, com um vocal que lembrava o gótico oitentista, de bandas como The Sisters Of Mercy, Alien Six Fiend ou até o Fields Of The Nephilim. Por mais que tenha sido um peixe fora do aquário pra alguns naquele momento, foi o surgimento de um interesse na banda, sem sombra de dúvidas.

Só que muito antes dessa aventura no Brasil, eles já tocavam pela Europa e obviamente pela Escandinávia, quem não se lembra de Wasting The Dawn, tocando na MTV ou na programação das rádios alternativas do país. Naquele momento eles assinaram com Roadrunner, e a canção entrou no Top 10 da Finlândia. Ville Valo do Him, participou do disco fazendo backing vocals.

Um ano depois com Blessed Be, emplacaram com a faixa Brandon Lee, que pros mais obcecados por música, diriam que o riff de introdução era Rain do The Cult, só que de forma acelerada. O vocal de Jyrki 69 já mostrava sua versatilidade pro segmento, influenciado pelo lado visual com chapéus ao melhor estilo Ian Astbury, ou pelo lado sombrio de Andrew Eldritch do Sisters Of Mercy, ou pelas melodias de Wayne Hussey, do The Mission.

Paris Kills, de 2002, trouxe faixas como Betty Blue e Dance D'Amour como destaques, tendo assim gravado um DVD, na turnê de divulgação deste disco, o Helsinki Vampires, na icônica casa Tavastia.

Em Devils, de 2004, canções como Feel Berlin, Lost Boys, e a faixa título já roubavam a cena do disco. Com álbum Angels de 2007, os destaques foram The Chair e Never Say Die, no videoclipe, eles foram pra Los Angeles, e captaram cenas pela Sunset Strip, mostrando casas como o The Roxy e o Rainbow.

A banda não parou de produzir material, e lançou discos como Back In Blood, X, Universal Monsters, West End. Em Back in Blood, a banda trabalhou com Bam Margera nos videoclipes de Dead N' Gone e Dead Girls Are Easy, e também nunca parou de criar videoclipes.

A formação é consistente desde seu surgimento em 1989, na cidade de Helsinki, quando deram o pontapé inicial com Jyrki 69 nos vocais, nas guitarras Timo Timo e Bazie, Archzie no baixo, e na bateria Lotto, que foi substituído por Jussi 69, no início da sua trajetória e segue firme até então.

O álbum mais recente, Death Of Darkness, de 2023, e já possui faixas emblemáticas como Drive e This Murder Takes Two, com participação especial da tatuadora e cantora Kat Von D, e é uma prova que a banda tem lenha pra queimar. Do setlist podemos esperar faixas como Gothic Girl, Framed in Blood, Cheyenna, e muitas outras.

O álbum mais recente, Death Of Darkness, de 2023, e já possui faixas emblemáticas como Drive e This Murder Takes Two, com participação especial da tatuadora e cantora Kat Von D, e é uma prova que a banda tem lenha pra queimar. Do setlist podemos esperar faixas como Gothic Girl, Framed in Blood, Cheyenna, e muitas outras.

Esta será a quinta passagem da banda pelo país e a turnê Just Drive passa por mais 5 países da América Latina, como México, Costa Rica, Colômbia e Peru. No Brasil, o show será único, portanto é uma oportunidade e tanto de conferir a banda de perto. A produção é da New Direction Productions.

Ingressos: https://fastix.com.br/events/the-69-eyes-em-sao-paulo