A Place To Bury Strangers é convidado especial do Massarifest

O trio nova-iorquino se apresenta no domingo 14/09 no Fabrique Club

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German Martinez

9/9/20253 min read

Quando se fala de Nova York, se pensa nas ruas cheias, na culinária mundial que tem raízes por lá, nos inúmeros pontos turísticos espalhados por todos os cantos, os bairros clássicos, e é claro, muita música. Desde sempre como uma grande metrópole a cidade sempre gerou artistas de mão cheia. Especificamente do Brooklyn, vimos surgir bandas como Sonic Youth, Beastie Boys, Tv On The Radio, ou Yeah Yeah Yeahs.

Hoje, se você andar pelas ruas do bairro, dará de frente com lugares Brooklyn Steel, Brooklyn Paramount, ou Warsaw Concerts. E foi lá que deu origem ao A Place To Bury Strangers, a princípio o projeto era de David Goffan, então Oliver Ackermann que entrou como baterista, logo foi pras guitarras e assumiu os vocais. Em 2006, eles lançaram um conjunto de 3 EP's, conhecidos pelas cores, vermelho, azul e verde.

Em 2007, nasceu o primeiro disco cheio, e gerou críticas positivas e lhe deu um certo respeito na cena local, o auto intitulado disco, tinha uma das maiores canções do grupo, To Fix Gash In Your Head. A partir desse álbum, Oliver começou a criar uma conexão entre os títulos das faixas e o conteúdo delas, pra que o ouvinte criasse suas referências.

Chamando atenção da mídia local, a banda se apresentou no Webster Hall em cia, de The Brian Jonestown Massacre e Jesus and Mary Chain em diferentes anos. Também excursionou ao lado do Nine Inch Nails, na sua turnê norte-americana, tocou com o Black Rebel Motorcycle Club, e MGMT. Tocaram no Coachella, Freak Valley Festival.

O lado audiovisual da banda é algo extremamente importante, pois eles possuem uma coleção enorme de videoclipes, sempre capturando os atuais momentos do grupo. Entre 2009 e 2012, surgiram dois dos álbuns mais importantes da banda, Exploding Head e o absoluto Worship.

Segundo Oliver, morador do Brooklyn diz que sua maior referência pra criar canções é a constante mudança do bairro, seus habitantes, seus restaurantes, seus comércios sempre em constante mutação ajudam a mente criativa dele, a transformar imagens desse lado caótico em músicas ainda mais "loucas".

Toda essa barulheira experimental se deve ao amor pelos pedais de Oliver, já que ele possui uma fábrica, a Death By Audio, do qual ele produz incessantemente pedais e cede uma parte do escritório pra ensaios da banda. Que inclusive já foi pano de fundo pra alguns videoclipes do grupo.

A banda agora se encontra com uma nova formação que consiste com John Fedowitz, no baixo e Sandra Fedowitz, na bateria. A expectativa agora segue gigantesca já que muitos não puderam conferir o show da banda, que abusa das projeções, das luzes, num combo pra lá de psicodélico.

Synthetizer, é o mais novo álbum do grupo, lançado em 2024, e como o próprio nome diz, passeia por barulhos ligados á sintetizadores, junto do frenético som peculiar da banda com melodias açucaradas.

O grupo passou pelo Brasil em 2019, onde fez 2 shows na Sala Adoniran Barbosa, na capital paulista, naquela ocasião tocaram o álbum Worship na íntegra numa das datas, causando um frisson nos aficcionados na banda. As performances são catárticas, e alguns momentos de improviso.

O que se pode esperar do show é uma junção de projeções, estrobos coloridos, instrumentos quebrados, pedais dos mais "doidos", vocais em reverb e muita, muita selvageria!

Foto por: Ebru Yildiz