Helmet celebra Betty em noite inspirada
O quarteto norte americano executou seu álbum clássico na íntegra e adicionou canções tão importantes quanto, na sua passagem pelo Brasil
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Texto German martinez - Fotos Tiago Rossi
5/8/20254 min read


A princípio a abertura seria apenas com o quinteto Debrix, mas foi adicionado o Treva. A banda foi responsável por abrir os trabalhos e explorar o seu álbum Em própria razão.
A banda tocou canções como Novo Amanhã, Memórias e Reclusão, Onde Morre o Sol. Um quarteto totalmente alinhado desde sua estética apresentada nos shows, e da sonoridade interessante da banda.
Debrix, de São José dos Campos, interior de São Paulo, o quinteto também teria a responsabilidade de atuar junto do Helmet, na Argentina e Chile.
Explorando seu EP, Tales from the rabbit hole, exibiu sua mescla de sonoridade que vão desde o grunge ao metal alternativo.
Dentre as faixas, poderiam se ver canções em português e inglês que fazem parte do repertório do grupo.




Quando há alguns meses atrás o Helmet foi anunciado, os órfãos dos anos 90, e literalmente do lado industrial que a banda se posicionou a fazer, causou alvoroço por parte de fãs e adeptos da sonoridade. Marcado pra uma quarta feira (30/04), véspera de feriado do Dia do Trabalho, o Carioca Club, localizado no bairro de Pinheiros, seria a casa que abrigaria tal evento.
Com apenas 3 datas pela América do Sul, sendo a primeira no Brasil, a segunda na Argentina e a terceira finalizada no Chile. O Helmet já vinha com estigma de jogo ganho, e obviamente seria. O que a banda fez ao decorrer de sua trajetória, ou no mínimo nos seus 4 primeiros discos, influenciaram músicos e ajudaram catapultar estilos que se viam influenciados pelo estilo do grupo.
Já com um banda bem distinta do que o álbum Betty foi gravado, já estamos falando de 31 anos de distância, mas uma formação coesa que tem Dan Beeman na guitarra, Kyle Stevensson na bateria e Dave Case no baixo. A banda entrosada assim como nas outras oportunidades que passaram pelo Brasil, era certo que entregariam o melhor possível. Muitos assim como nós, não imaginaria que o Helmet tocaria esse disco na íntegra, e também que tal turnê tivesse espaço pra ser realizada no país.
E isso aconteceu, devido aos esforços da Powerline, Venus Concerts, e Maraty (Leandro Carbonato & André Barcinski), o que era um sonho longínquo se tornou uma realidade. Subindo ao palco do Carioca Club, já com a casa abarrotada, o Helmet foi sem delongas pra iniciação de Betty, exatamente como na sequência do álbum, então, Vilma's Rainbow, deu o ar de graça e atingiu como um petardo os presentes no local, seguida de I Know, que já não deixaria ninguém parado no recinto. Page Hamilton despejava riffs e mais riffs!
Biscuits For Smut, é uma patada no sentido mais literal da palavra, e desencadeou uma energia pras rodas se formarem. Atrás talvez de Wilma's Rainbow como o maior hit do disco, Milquetoast, foi estupenda. O que acabou preparando os ouvidos dos desavisados pra uma sequência de Tic, Rollo, e a maravilhosa Street Crab.
No calor da empolgação, poucos sabiam que ainda estávamos na metade do disco, ou seja, ainda viriam pedradas do calibre de Clean, Vaccination, Beautiful Love. Que abriu caminho pra fodástica Speechless.
E encerrariam a trinca de Betty, com The Silver Hawaiian, Overrated, Sam Hell. Muito suor, e a sede de muito mais.
Era o fim do set de Betty, as poucas interações da banda com público não traziam nenhum tipo de problema, já que o lance era o barulho. Voltaram pro segundo set com canções variadas de toda carreira da banda, não menos importantes, executaram Swallowing Everything e Blacktop.






O impactante Aftertaste não foi descartado, e teve a incrível Driving Nowhere executada. Strap it On foi lembrado novamente com Bad Mood. O álbum Left foi meio que deixado de lado, tendo figurado apenas com Dislocated, uma pena, porque é um grande registro do grupo, deixando pra trás faixas como Holiday, Gun Fluf, Bombastic ou Big Shot.
Depois disso, era hora de uma dobradinha "monstro", o maior clássico do grupo Unsung aliada á Turned Out, fazendo qualquer fanático chegar á loucura
Give it & Ironhead, são faixas que o Helmet tocam grudadas, mas invertidas da forma que estão gravadas no Meantime, mas a executa assim há no mínimo 17 anos desde quando se apresentou no SP Noise Festival em 2008.
Just Another Victim, trilha sonora do Judgment Night, que algum momento virou um pseudo hit na época de seu lançamento junto ao House Of Pain. O fim não poderia ser tão poderoso quanto In The Meantime. Se ainda havia sobrado alguma pedra sobre pedra, após isto não haveria mais nada.






O show comprovou a importância do Helmet pra todo um cenário e ainda firmou o quanto Betty ainda é celebrado pelos fãs e críticos.