O The Cult anunciou uma turnê comemorativa aos seus 40 anos

A banda fará 3 datas no Brasil

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German Martinez

1/16/20254 min read

Sob a produção da Liberation Music, o grupo inglês promete despejar uma porção de hits que carrega desde seu início de carreira.

As datas passarão por São Paulo, Curitiba, e Rio de Janeiro. A turnê que sido aclamada ao redor do mundo, desta vez desembarca no Brasil, pra 3 datas, Rio de Janeiro (22/02 Vivo Rio), São Paulo (23/02 Vibra SP), Curitiba (25/02 Live Curitiba).

Ingressos a venda

Sao Paulo - https://www.clubedoingresso.com/evento/thecult-sp

Curitiba - https://fastix.com.br/events/the-cult-40th-anniversary-tour-curitiba

Rio de Janeiro - https://fastix.com.br/events/the-cult-40th-anniversary-tour-rio-de-janeiro

Nascimento/ Sucesso

Surgido em Bradford, West Yorkshire, ainda sob a idéia de Ian Astbury, quando tocava como Southern Death Cult. O inquieto Billy Duffy que já havia tocado com Morrissey (The Smiths), Vini Reilly (The Durutti Column), no Nosebleeds, e fazia parte do Theatre Of Hate, topou encarar com Ian, a agora repaginada Death Cult.

Eles lançaram o primeiro single, Spiritwalker, se aproximando cada vez mais do gótico/pós punk, que veio a despontar no cenário local, e logo correram atrás do primeiro full álbum, Dreamtime, que já instaurava tal estilo único que a banda viria a carregar.

A ligação com o as religiões indígenas já eram parte da mente de Ian. A sua ida ao Canadá, ainda criança o fez refletir sobre tal assunto em suas canções.

She Sells Sanctuary explode na Inglaterra. Quando Love foi lançado, o The Cult foi catapultado ao mainstream de forma absurda. O Gótico misturado ao Hard Rock clássico, tomando conta dos dials das rádios.

Com Love se extrapolam todos os limites "ainda" ingleses, mas ainda não era o suficiente. Foi com Electric que a banda capturou Rick Rubin, que era a figura carimbada da vez, o envolvimento de Rubin no Hip Hop e no rock pesado com seu selo Def Jam, causou um frisson na cabeça de Ian & Duffy.

Rubin convenceu a banda a recomeçar a gravação do zero de Love Removal Machine pra que ele pudesse achar uma identidade no som da banda, ali Rubin misturou AC/DC, Led Zeppelin e diríamos The Rolling Stones.

E como obra do destino o disco rompeu a bolha que eles tanto queriam, o mercado norte americano tinha se rendido á canções como Lil Devil, Wild Flower, e Love Removal Machine.

Sonic Temple nasceria 2 anos depois, com o peso de faixas como Sun King, Fire Woman, Sweet Soul Sister e New York City com participação de Iggy Pop.

O The Cult foi protagonista durante muito tempo da MTV, emplacando canções maravilhosas como Edie (Ciao Baby) gravada nas ruas de Nova York, á beira do Rio Hudson.

Brasil

A ligação da banda com o Brasil já era de longa de data, mas o fato consumado só viria ocorrer em 1991, quando a banda pisou por primeira vez no país.

E qual era o peso daquele momento? Após 4 discos e bem sucedidos álbuns, drogas, problemas, e saídas de integrantes, o fim foi anunciado, mas a teimosia de Billy Duffy não deixou que fosse colocada uma pedra na fim desta história.

A banda voltou com seu quinto e mais biográfico disco, Ceremony, lançado no mesmo ano da primeira vinda ao Brasil, eles apostavam num retorno às raízes.

Com um casamento destroçado, e com o peso de fazer o primeiro disco sóbrio, Ian, que já bebia ininterruptamente desde os 22 anos, fez disto um momento crucial pra continuidade das atividades da banda.

O Ginásio do Ibirapuera foi escolhido como palco pra recepção da banda.

E o que se viu ali, foi uma loucura.

Talvez sendo um dos pioneiros momentos no Brasil, pra que ocorresse o fato que as pistas fossem divididas, as grades desta vez foram dispensadas mediante tal frenesi do público pra ver uma banda quiçá no seu auge.

Amparado pelas paredes de amplificadores de guitarra de Billy, e personificação de Ian, e uma banda altamente entrosada, acabam gerando o delírio do público.

E assim começou a relação de amor do público com a banda.

Fora dos holofotes

Em 2000 a compilação de Pure Cult (The Singles 1984- 1995), colocou a banda novamente no radar de uma nova geração.

Ainda em meados de 2000, num filme de Dominic Sena, 60 segundos, estrelado por Nicolas Cage e Angelina Jolie, trouxe á tona uma baita de uma balada, que era "Painted of my heart", que traz Matt Sorum de volta ao grupo e os integrantes rejuvenescidos pelos seus novos cortes de cabelo.

Na sequência daria a luz Beyond Good and Evil, um disco abaixo das expectativas, mas que atestava que a banda estava viva.

Em 2022, foi lançado o excelente Under Midnight Sun, disco mais recente da banda, que demonstra que Billy e Ian ainda andam perfeitamente alinhados.

Paralelos

Ian Astbury, montou o Holy Barbarians, que gravou o disco Cream, um registro regular perto da carreira projetada pelo The Cult.

Convidado por Ray Manzarek e Robbie Krieger, Ian Astbury assumiu os vocais do The Doors, pra homenagear Jim Morrison, com o projeto The Doors of the 21st century, que inclusive passou pelo Brasil.

Ainda meados dos anos 90, o diretor Oliver Stone convidou Ian Astbury para o papel de Jim nas telonas, mas quem acabou protagonizando o longa metragem foi o galã Val Kilmer.

Expectativa

Com mais de 40 anos de carreira, uma banda do calibre do The Cult, podemos esperar clássicos absolutos de todas as fases da banda dos mais emblemáticos discos como Love, Electric, Sonic Temple, Ceremony.

Noites que prometem o peso das guitarras refinadas de Billy Duffy e a classe de Ian Astbury.