Sem Pete Shelley, Buzzcocks desfila clássicos em São Paulo

Descrição do post.

NOTÍCIAS

Texto Alexandre Saldanha - Fotos Tiago Rossi

6/1/20253 min read

Pela primeira vez no Brasil sem o frontman Pete Shelley, morto em 2018, Buzzcocks encheu o Carioca Club, na zona oeste de São Paulo, no último dia 24 de maio. Quem assumiu os vocais foi o ex-baixista - atualmente guitarrista - Steve Diggle. A agência Sob Controle & New Direction Productions, acertaram em cheio na seleção das bandas de abertura, casando perfeitamente com a atração principal da noite.

Pontualmente às 18h, Sweet Suburbia abriu a noite com um show curto, mas com muita energia, que contou com o público que ainda chegava ao local cantando junto a maioria de suas músicas. Com mais de 20 anos de estrada, o quarteto não faz muitos shows, o que torna cada aparição um grande acontecimento. O repertório foi baseado no álbum Paranoia Day By Day, de 2008, com destaque para “Ship of Fools".

Troca rápida de palco, e sobem ao palco os topetudos Excluídos, com suas tradicionais lágrimas pintadas nos rostos. Abrindo com “É por isso que o punk não morre", o set list foi focado no último lançamento do grupo, Filhos da Desilusão, de 2022, mas contando também com faixas mais antigas como “Minha vida é cheia de som e fúria” e a clássica "Km77", que encerrou o show.

Como Elvis fazia na década de 1970, o som mecânico começou a tocar a épica ”Also Sprach Zarathustra", mostrando que algo grandioso estava prestes a acontecer. E assim foi, no momento máximo da peça clássica, sobem ao palco Steve Diggle acompanhado pelo guitarrista Mani Perazzoli, o baixista Chris Remington e o baterista Danny Farrant que já começaram no topo com a fortíssima "What do I get?”, seguida de “Harmony in my head”, “I don't mind” e “Everybody's happy nowadays".

Em "Sick City Sometimes” uma das cordas da guitarra de Diggle se quebrou, mas o vocalista seguiu assim mesmo em “Isolation”. Muito animado, o vocalista puxou o coro de “olê olê olê olê” várias vezes durante o show. Mais arrastada, "Bad Dreams” deu uma esfriada no show, mas o clima voltou ao normal com “Why can't I touch it?" até "Manchester Rain”, que fechou a primeira parte da apresentação.

Após um breve intervalo, Diggle volta sozinho ao palco, apenas com um violão e vestido uma camisa do Santos para a balada "Love is lies", com os outros integrantes voltando a tempo do refrão. E aí começou mais uma sequência de clássicos como "Promises” e “Boredom", até o ápice com o grande hit “Ever fallen in love (with someone you shouldn't've)", levando o público ao êxtase.