Supercombo: fez de seu público, seu maior parceiro
O quarteto se despediu de 2025, fazendo seu último show do ano na capital paulista, pra uma casa cheia
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Texto German Martinez - Fotos Raíssa Corrêa
12/30/20253 min read


Após uma tarde/noite vendo as japonesas do Shonen Knife, fomos incumbidos de quase nos teletransportar do Fabrique Club pra Audio Club, tudo muito perto, mas que precisava de no mínimo uma boa caminhada pra chegar há tempo de conferir o último show do ano do Supercombo, e de quebra o lançamento do excelente Caranguejo Parte 1.
Com a Audio já tomada de gente, infelizmente acabamos perdendo as 2 bandas de abertura, que eram Sandro e Hibalta. O que se via era uma juventude fazendo o esquenta do que seria pra muitos o show derradeiro do ano. Entre a discotecagem e a procura de um lugar melhor pra se assistir, o público perambulava pra lá e pra cá, incessantemente pela casa de shows.




Eis que um pouquinho após das 21:00, a banda formada por Leonardo Ramos nas guitarras/vocais, Carol Navarro no baixo, Paulo Vaz nos teclados/synths, André Dea na bateria, subiram ao palco da Audio Club, e receberam gritos ensurdecedores desde o primeiro instante que a cortina se abriu.
De cara foi impressionante a entrada com "A Transmissão", um som potente e que deixou todos boquiabertos, com a platéia cantando em uníssono.O Supercombo usa e abusa de efeitos, de peso, e Maremotos trouxe ainda mais energia pra performance. O público gritava desvairadamente, e veio Rogério, uma das maiores pérolas do espólio da banda, provavelmente uma unanimidade no setlist do grupo




Entre o sorriso deslumbrante de Carol, no canto esquerdo pra quem os via, ela fazia do seu contrabaixo um veículo de comunicação com sua platéia enquanto que Léo Ramos, puxava coros, gritava, e a platéia obviamente respondia não só a altura como muito mais do que eles imaginavam, soando até mais alto que a banda no palco, o público se esbaldava.
Indo pra uma rotação mais baixa, mas nem por isso sem falta de interação ou energia, canções como Alento, com certeza um dos destaques da noite. Ímã e Sol da Manhã, faziam a alegria dos fãs com suas letras introspectivas. Pra celebrar o novo álbum, Testa, foi a primeira a cativar seu lugar no novo repertório.






Não poderiam faltar faixas do calibre de Nossas Pitangas, já do novo álbum, ou impacto profundo da letra de Amianto, ou no quase Dub/Reggae de Meu Colorista, canções que vão lá no âmago e chegam rasgando o peito. Alcançávamos a metade do show com algumas faixas mais antigas como Fim do Mundo, que é realmente uma catarse, e ao vivo ela ganha um punch absurdo.
Monstros, Aos Poucos, Jovem e Bonsai, fizeram uma junção das melhores, trazendo estas 3 últimas faixas do magnífico disco Rogério. Hoje Eu tô Zen, com seu refrão frenético e nada calmo (risos).
Estávamos por 3 canções, e lá vinha uma das canções mais fora da curva, do grupo, e um dos destaques do novo disco, Piseiro Black Sabbath.






Vale ressaltar o figurino impecável da banda, usufruindo das cores branca e laranja, dando um outro ar pra perfomance do grupo.
Era hora de se despedir e não poderia ser diferente do que foi com Piloto Automático e Todo Dia é Dia de Comemorar. Uma verdadeira celebração á música capixaba, uma banda que tinha seu público na ponta dos dedos e soube como acalentar os corações dos seus fãs, durante quase 120 minutos de performance.

